09/09/08

cicloturismo

Cada vez mais fico com a sensação que as rodas livres escondidas nos passeios de cicloturismo, servem cada vez menos para os interesses dos participantes, mas sim para interesses políticos locais e das instituições que os promovem, digo isto porque em cada três que participo dois, são sempre de qualidade fraca, pois os percursos são desenhados não para serem apreciados pelos ciclistas mas sim pelos presidentes da junta ou de um patrocinador que deu algum para pagar o combustível.
Situações como as que aconteceram no passado sábado na maia, em que fazemos 40 ou 50 km as voltinhas dentro de um conselho onde, o percurso é definido por caminhos por pisos em mau estado, e em que metade do percurso é percorrido em paralelo. Senti-me como se estivesse a ser exibido perante meia dúzia de populares como quem diz (olha que aqui a câmara ou associações recreativas sempre fazem alguma coisa que se veja).
Chego a conclusão que estou a ser usado para um fim quando estou ali presente por outro motivo e passamos 50 km de sacrifício apenas pela vontade de fazer os 5 km finais em roda livre.
Vamos ao que interessa: nestes eventos, e não grande maioria deles se não houvesse roda livre não aparecia um quarto dos participantes, e se eu quisesse na realidade fazer literalmente cicloturismo apenas ai para sítios bonitos de se ver como o geres ou uma outra serra, ou uma estrada a beira mar, ai sim a velocidades baixas, e com plotão descompacto sem estar preocupado a olhar sempre para todos os cantos e de mãos nos travões. Agora circuitos urbanos por caminhos degradados e pouco cuidados com transito a mais e estradas apinhadas de chapa ao sol estacionada, isso não tem nada de cicloturismo Eu sei bem o que é andar 3 horas de bicicleta sempre com as mais nos travões é desconfortável e doloroso para as costas e mãos, só suporto isso porque tenho prazer nos km finais mesmo que sejam só 5 km e seja de tal forma mal organizada que torna a competição injusta.

Outra situação de relevo é ver pessoas ligadas ao ciclismo, como funcionários das associações de ciclismo e outro tipo de profissionais que acompanham as provas profissionais e de outros escalões, dizerem que os cicloturismos não são competições, é claro que não são, mas e a única forma de ciclistas de clubes poderem competir, mas são totalmente complacentes de tal forma que se fazem lá representar e fazem vista grossa e são complacentes com as classificações atribuídas a olho e deixam dar partidas para rodas livres sem condições de segurança.

11 comentários:

RUUULAAA TEAM disse...

Como sabes, acerca deste fim de semana não me posso alargar muito, não estive lá camarada. Fui fazer o meu treino, Entre os Rios, Capela e tal... Gosto muito, e acho que "produzi" mais aí do que se tivesse ido e não estava tão desanimado quanto tu. Quanto ao teu post...
SUBSCREVO TUDO, MAS TUDO O QUE DISSES-TE AMIGO!

Anónimo disse...

Bom dia.
Também estive na Maia e na etapa da volta (estou até admirado de você ter la estado, porque tinha criticado aqui no blog o preço e a organização!).
Como você próprio o escreve "...dizerem que os cicloturismos não são competições, é claro que não são, mas e a única forma de ciclistas de clubes poderem competir", logo se não é competição, não se compete!
A minha licença emitida pela federação diz, cicloturista. Porque para competir existem outras categorias.
Melhores saudações e boas pedaladas.

Luis Ribeiro disse...

Sim fui a etapa da volta, há ultima da hora inscrevi-me porque estava parado a algum tempo e ate gostei pois não há muitas iniciativas como esta, mas claro que continuo a considerar caro para o efeito que é, e acho que quem lá esteve conseguiu fazer as contas por alto e ver que é um excelente negocio para eles. Mas mais tarde vou falar sobre isso.
A minha licença também diz cicloturista porque é a única coisa que podemos fazer….
Posso não conhecer a fundo a modalidade nem regulamentos, mas nos dois anos em que ando nisto sei perfeitamente que não existe outra categoria que não esta. Não quero ser profissional, quero apenas melhorar a minha condição física e competir apenas pela adrenalina e pelo divertimento que da. E a única categoria que há para isso e cicloturista.

Anónimo disse...

É fácil fazer as contas, porque o Camelbag e a protecção de escora até traziam o preço!!
E acha que 25,00 por tudo o que trouxe e pôde desfrutar em Viseu foi caro?
Eu não considerei, e a organização mudou (para melhor) muita coisa em relação à etapa da Sª da Graça (2007).
Se comparar com os preços por exemplo das maratonas de BTT, verá que até "está em conta"!
A questão da prova da Maia é que, por causa da (chamariz) roda livre, juntou muitos "aspirantes" a pró, com pessoas pouco habituadas a pedalar em pelotão. O que aconteceu? Metade (já se sabe qual) ficou pelo caminho, e sem auxilio de qualquer espécie.
Esta prova foi organizada (pese embora a grande boa vontade) por entidades pouco habituadas a estes eventos. A ACN esteve lá como convidada (pedido de ultima hora), tanto que este convívio não esta incluído no calendário da mesma.
Boas pedaladas

Anónimo disse...

Essas rodas livres, penso que é uma boa iniciativa ... mas uma roda livre depois de um passeio cicloturista ... não estou de acordo. Ou é competição ou é cicloturismo, não se pode confundir as coisas.

Olhamos para um pais como a França ... bem, la é o paraíso para os ciclistas. Não é corredores e cicloturistas, mas sim corredores, ciclodesportistas (com varias categorias) e cicloturistas. Existem campeonato para os ciclodesportitas, ha corridas todos os fins de semana, ha contra relogios !! E não falo dessas grandes provas (para amadores) que fazem =/

Portugal tem ainda muito mas muito que evoluir nesse aspecto ... e quando evoluir decentemente, se calhar vou ter mais gosto em fazer rodas livres ;)

Luis Ribeiro disse...

é caro, porque sei que esses (brindes) era quase tudo ou mesmo tudo oferta dos patrocinadores, nao posso confirmar isso a 100%
quanto a participação do acn na organização nao sei promenores, mas mesmo como convidados tem de se impor quando os nossos direitos estão em causa, principalemnte a segurança. mas sei tambem que no btt é pior. nao ando aqui a destruir ninguem , mas acho que se nao se levantar um pouco a voz contra a tendencia é para piorar estas situações

Paulo Sousa disse...

Eu no meu blog já comentei o situação e a principal critica que faço é á falta de segurança quer do convivio quer da roda livre.

Por exemplo a roda livre na etapa da volta esteve completamente segura pois a PAD aproveitou todas as infrastruturas da Volta.

Na Povoa - Srª da Graça estiverem todos os cruzamentos devidamente policiados, cindo batedores da brigada de transito, duas ambulancias do inem mais uma mota também do inem de intervenção rápida, o percurso estava todo devidamente marcado (fui eu com o Manuel Zeferino que o marcamos).

Termino tal como comecei, que se façam eventos com roda livre mas com segurança.

Maia Pedalar Mestrutil disse...

Amigo, subscrevo tudo o que disses. E quem diz que existem outras categorias para competir sem ser nos profissionais eu gostava muito de saber quais... Enfim.... Com alguns anos disto, sabes a que conclusão chego? Pega na tua bike junta um grupo de amigos e "compete" com eles ao fim de semana. Em portigal não há hipotese de se competir a nivel de ciclismo de estrada.
Abraço.

Anónimo disse...

Especialmente para si, sempre ávido de uma "boa corrida", junto o link de um evento que decerto será do agrado de muitos cicloturistas mais "nervosos". HÁ PRÉMIOS PARA OS PRIMEIROS!.
Penso que a organização não se importará se o divulgar aqui no blog.
www.crc-famalicao.com
Eu provavelmente estarei por lá.

Boas pedaladas.

Luis Ribeiro disse...

sim, já tenho aqui no meu blog a 15 dias o anuncio dos crc-famalicao, não se importam e ate agradecem a divulgação que é onde mais falha muitos dos eventos de ciclismo.

Caros amigos do maia pedalar mestrutil eu já encaro dessa formas os cicloturismos de fim de semana, para mim já é uma junção de amigos que se juntam para umas brincadeiras….

Anónimo disse...

Por que nao:)